Mais um dia se passa e continuamos com nossas conversas e inquietações a respeito da forma como estamos construindo a identidade visual do nosso trabalho.
A intenção da residência é desenvolver produtos audiovisuais culturais e educativos a partir do contato com o patrimônio das cidades apontadas pelo projeto.
E como o objetivo final já está definido, nosso foco é justamente viver e pensar no processo que nos levará a atingir esse ideal. O convívio diário com as pessoas envolvidas com o RECRIA enriquece e singulariza essa experiência . Estamos contruindo conhecimento ao longo desse processo, mas além do conhecimento estamos criando vínculos de afeto com pessoas e lugares. E nossa preocupação é justamente essa: como passar toda a carga emocional da nossa experiência de imersão nessas cidades para outras pessoas através das mídias móveis, de forma sensível e sincera, combinando a objetividade necessária da informação com a subjetividade de cada um de nós.
E que as máquinas possam nos ajudar nisso!
Segue abaixo um fragmento de texto do Arlindo Machado, que defende com unhas e dentes a humanização das tecnologias. É sempre bom lembrar que por trás das máquinas existem pessoas.
"Se é natural e até mesmo desejável que uma máquina de lavar roupas repita sempre e invariavelmente a mesma operação técnica, que é a de lavar roupas, não é todavia a mesma coisa que se espera de aparelhos destinados a intervir no imaginário, ou de máquinas semióticas cuja função básica é produzir bens simbólicos destinados à inteligência e à sensibilidade do homem".
Bilig, Nat e Re!!
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